Existência do Mal
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“A gente resiste muito a acreditar na existência do MAL enquanto prática humana! Mas ele está aí, vizinho, rondando cada um de nós, e a gente nem se dá conta! O que assusta nessas pessoas é que elas parecem tão comuns, tão gente igual à gente.
E, no entanto,
a incapacidade de ter empatia pelo outro revela claramente que elas não são como a gente: psicopata não tem semelhante. Ele nem sabe o que é isso.
Estamos sempre correndo o risco de ser a próxima vítima. Mas, ao mesmo tempo, nos dá as únicas armas possíveis para nos defendermos deles: a possibilidade de reconhecê-los para sair de perto!
Tem o mérito de tirar o psicopata do terreno do crime, onde o senso comum o confina, para mostrar que a maioria deles não chega ao assassinato, ainda que todos vivam de matar: sonhos, esperanças, a confiança que os outros depositam neles.
E ainda os diferencia, no meio carcerário, daquela maioria que realmente é recuperável e merece uma segunda chance.
A boa notícia, como diz a Ana Beatriz, é que eles são uma proporção muito pequena da população, de modo que podemos continuar apostando na humanidade!”.
Fonte: Gloria Perez – Escritora e novelista