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Finalidades da Contrainteligência

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a) impedir que a inteligência de uma força inimiga, real ou potencial, adquira conhecimentos sobre nossa ordem de batalha, situação em material, pessoal, planos, vulnerabilidades e possibilidades;

b) impedir, reduzir os efeitos ou neutralizar as atividades de espionagem, sabotagem, desinformação, propaganda e terrorismo contra as nossas forças;

c) proporcionar liberdade de ação para o comando;

d) contribuir para a obtenção da surpresa;

e) impedir ou limitar as ações que possibilitem a obtenção da surpresa pela força inimiga;

f) induzir o centro de decisão adversário à tomada de decisões equivocadas; e

g) degradar a capacidade da Atividade de Inteligência da força inimiga.

Análise de Contrainteligência

É parte da Análise de Inteligência e visa a avaliar as possibilidades da Inteligência inimiga, a fim de determinar a sua capacidade de atuação e os consequentes efeitos sobre as nossas linhas de ação, levando-se em consideração a eficiência de nossas medidas de CI na sua neutralização. Visa, ainda, a determinar a necessidade de medidas adicionais ou ao incremento de outras.

O exame é baseado no conhecimento da ordem de batalha do inimigo, das suas agências e sistemas de Inteligência e unidades que executam a Atividade de Inteligência (Atv Intlg), bem como de outros órgãos de inteligência que sejam capazes de realizar atos de espionagem, propaganda adversa, terrorismo, desinformação e sabotagem. São de especial interesse a organização, a instrução, o material, a doutrina, as técnicas e o desdobramento existentes.

A Análise de Contrainteligência é aplicável em todos os escalões, sendo que no âmbito do C Op é elaborado pela Subseção de CI, sob a orientação do D2 do C Op, servindo como subsídio para análise e apresentação de assuntos de interesse.

A segurança das operações implica um planejamento contínuo, calcado na reunião de dados ou conhecimentos, análise dos mesmos e execução de ordens ou instruções específicas, tendo em vista a constante evolução da ameaça inimiga e de nossas próprias vulnerabilidades. Envolve as etapas a seguir descritas:
a) Determinação das possibilidades da inteligência inimiga na obtenção de dados e
conhecimentos;
– Estas possibilidades referem-se às atividades da inteligência inimiga relacionadas com as nossas fontes humanas, de sinais e de imagens passíveis de serem executadas.
– A Análise de Contrainteligência exige, para a perfeita execução, conhecimentos suficientes sobre os órgãos e meios de Inteligência e CI inimigos, que, dentro do possível, deverão estar levantados desde a situação de paz.
– O conhecimento de aspectos técnicos, doutrinários e do grau de instrução permitirá a determinação das reais possibilidades inimigas, tanto na busca de conhecimentos como na realização de ações vinculadas à sabotagem, ao terrorismo e à espionagem, por exemplo.

b) Determinação das vulnerabilidades existentes;
– As vulnerabilidades, ante a capacidade operante inimiga de busca de conhecimentos ou realização de outras ações, serão determinadas comparando-se os pontos vulneráveis das operações nos aspectos administrativo, logístico, manobra e comunica

ções, com as possibilidades dos órgãos e meios inimigos.
– As vulnerabilidades, ante a capacidade operante inimiga de proteger os seus dados e conhecimentos, em face das ações de coleta e busca do C Op.

– Os pontos vulneráveis serão definidos após a análise dos nossos próprios procedimentos que permitem ao inimigo conhecer a atividade operacional de uma unidade, sua identificação, ordem de batalha e possibilidades. O fulcro dessa análise consiste em precisar os “pontos críticos”, ou seja, aqueles que não podem ser protegidos, totalmente, pelas medidas passivas e ativas de segurança em vigor.

c) Determinação das medidas a serem adotadas; e

– Em função das possibilidades inimigas e da identificação de nossas vulnerabilidades, são adotadas medidas que eliminem ou minimizem as ameaças aos “pontos críticos” existentes.

– A determinação das medidas a serem adotadas, pertencentes ao grupo de atividades das seguranças orgânica e ativa, deverá ser complementada por outras ações que, também, possam propiciar segurança às forças em operações.

d) Análise das medidas adotadas e determinação das vulnerabilidades remanescentes.

– Uma vez aplicada uma medida, é necessária uma análise periódica da mesma para verificar a sua eficácia quanto ao fim a que se destina.

– Uma lista de verificações poderá ser elaborada para a determinação das vulnerabilidades existentes.

Fonte: ESG/MD