Toda organização é formada de pessoas e tecnologias com o intuito de alcançar determinado objetivo. Para que se cumpra isso ela vai ter a necessidade de planejar estratégias que deverão lhe dar condições para sobreviver num mundo em constante processo de unificação, onde a dificuldade de permanecer e de conseguir vantagens para seus produtos ou serviços torna-se cada vez mais difícil.
Entretanto, um conceito que tem sido aprimorado ao longo dos anos é sobre a necessidade da utilização da Atividade de Inteligência como ferramenta de assessoramento de Estados e Organizações Empresariais. Outrora usada somente pelo ramo militar, a Atividade de Inteligência atualmente está sendo inserida no organograma de grandes empresas por todo o mundo.
Atividade de Inteligência possuirá a responsabilidade de gerar informações de nível estratégico para a tomada de decisões, relativas a todo o processo decisório. A metodologia utilizada pela Atividade de Inteligência será de extrema relevância na produção do conhecimento, pois através dela serão racionalizados os meios e recursos disponíveis para a sua atividade.
A utilização dos dados, transformados pelo processo de inteligência em conhecimento estratégico, irá fomentar e subsidiar o ente estatal ou empresarial na identificação das oportunidades, ameaças, forças e fraquezas de seus inimigos ou competidores, para assim, gerar vantagem competitiva. Segundo Michael Porter, autor de diversos livros sobre estratégias de competitividade, “Em Estratégia o pior erro é competir com os concorrentes nas mesmas dimensões”.
(…) É ainda um processo sistemático, que visa a descobrir as forças atuantes nos negócios, reduzindo riscos e conduzindo o decisor a agir antecipadamente (Inteligência), bem como proteger o conhecimento gerado (Contrainteligencia).
Diante dessa realidade competitiva, a Inteligência é capaz de dar melhores condições ao enfrentamento de desafios, pela ação prospectiva, seguindo os princípios da oportunidade e da pró-atividade na sua fase de formulação de políticas, de planejamento e de execução de opções estratégicas.
Já o planejamento utiliza-se do conhecimento sobre as diversas situações conjunturais e vantagens competitivas, produzido pela Inteligência, para elaborar os diagnósticos, construir posições, definir os objetivos e determinar as ações a serem tomadas.
O planejamento estabelece assim a direção de um empreendimento e organiza a execução das decisões tomadas, a partir do maior e melhor conhecimento possível dos recursos disponíveis e dos cenários visualizados.
A interação entre Inteligência e Planejamento pressupõe qualidade e eficácia na gestão das informações, sendo que esta é reconhecida como principal ativo na luta pela sobrevivência de Estados e empresas em cenários nacionais e internacionais crescentemente instáveis e complexos.
Vemos assim que um dos pilares de um ente estatal e/ou empresarial é a utilização do processo de Inteligência Estratégica no estabelecimento de suas políticas, visando obter acesso a conhecimento sobre os mercados e seus concorrentes.
Fonte: Paulo Cesar Coelho – Agente de Policia Federal