Marcas D’agua Digitais
Empresas como Disney desejam divulgar sua propriedade intelectual – música, vídeos, imagens etc. – em formato digital. Eles não desejam que as pessoas copiem A Pequena Sereia e a distribuam gratuitamente pela Internet.
Eles não querem que as pessoas roubem partes de imagens – até mesmo uma única imagem de Mickey Mouse – e as utilizem sem pagar royalties. Eles querem manter o controle sobre sua propriedade.
As marcas d’agua digitais são um meio de conseguir esse objetivo. Pense nela como um canal subliminar ou uma aplicação da esteganografia.
A ideia é incorporar informações secretas no material para identificar quem é o proprietário legal. Algo semelhante a uma marca d’agua em papel: o papel com a marca d’agua pode ser passado de uma pessoa para outra, mas alguém poderá segurá-lo na luz e ver a marca d’agua.
Na realidade, existem dois termos relacionados aqui. Marca d’agua identifica informação inalterável, enquanto impressão digital identifica um comprador em particular. Por exemplo, uma marca d’agua em A Pequena Sereia diria algo como “Propriedade de Disney”.
Copie o papel e a marca d’agua desaparece. Copie o arquivo digital e continua na cópia. Talvez não possamos evitar a cópia, mas podemos pelo menos apontar o dedo para quem o copiou em primeiro lugar.
(…) A marca d’agua poderá ajudar a condenar a vovó quando ela duplicar uma única cópia de A Pequena Sereia para todas as suas netinhas, mas não poderá evitar que piradas de Taiwan removam as marcas d’agua e vendam meio milhão de cópias piratas no mercado negro. Ou que alguém usando uma identidade fictícia compre a cópia legítima e depois não se preocupe com ela.
Fonte: Bruce Schneier – Segurança.com