Navegar com Segurança nas Turbulentas Águas
Administrar a emoção é o nosso grande direito.
Direito de ser feliz, de ser livre das mágoas, de ter prazer de viver, de
navegar com segurança nas turbulentas águas das relações sociais.
Gigantes fora de si, frágeis dentro de si
(…) Não há dois senhores: ou você domina, ainda que parcialmente, a energia emocional ou ela o dominará. No passado, embora sem nenhum conhecimento de psicologia, as pessoas saudáveis dominavam sua emoção pela capacidade intuitiva de contemplar o belo, ser autor da sua história, fazer das perdas lições de vida.
Hoje, a sociedade é tão estressante e competitiva que, se não desenvolvermos habilidade para administrar a emoção, o risco de se ter uma péssima qualidade de vida é enorme. Não corra esse risco.
Reis dominaram o mundo, mas não dominaram sua emoção.Generais venceram batalhas, mas perderam guerras no território da emoção.
Foram prisioneiros da raiva, do ódio, do orgulho, da angústia (tristeza com sensação de aperto no peito). Se você não administrar sua emoção, será um barco sem leme, dirigido pelos elogios, aceitações, críticas, frustrações. Se os ventos sociais forem bons, você terá mais chances de chegar a bom termo. Se enfrentar tempestades, poderá afundar.
O modelo educacional das sociedades modernas está falido, pois desconhece essa lei fundamental da qualidade de vida. Os jovens são ensinados durante anos a resolver os problemas da matemática, mas não seus problemas existenciais. São ensinados a enfrentar as provas escolares, mas não as provas da vida: as rejeições, as angustias, as dificuldades. São ensinados a conhecer as entranhas dos átomos, mas não seu próprio ser.
Deveríamos ter aprendido desde a infância que devemos e podemos administrar a emoção para contemplar o belo, libertar a criatividade, resgatar o sentido da vida, debelar o medo, dissipar a insegurança, controlar a agressividade. Muitos são marionetes do seu mau-humor e estresse.
Administrar a emoção é o nosso grande direito. Direito de ser feliz, de ser livre das mágoas, de ter prazer de viver, de navegar com segurança nas turbulentas águas das relações sociais.
Fonte: Augusto Cury