Receita Federal completa dez anos de operações aéreas … marco inicial das operações aéreas alfandegárias na América do Sul.

Resultado de oito anos de estudos que culminaram com a aquisição das mais modernas aeronaves da Aviação Pública Civil Brasileira, … são mais de cinco mil horas de voo contabilizadas em missões no combate ao contrabando, descaminho e sonegação, além de auxílio prestado a outros órgãos públicos, como o transporte emergencial de órgãos para transplante.

Equipados com potentes sistemas de câmeras que permitem um zoom de até 120 vezes na gravação de imagens, bem como a possibilidade de filmar utilizando o espectro infravermelho em operações noturnas, os helicópteros da Receita Federal podem sobrevoar silenciosamente áreas estratégicas no combate ao contrabando sem correr o risco de serem alvejados, fornecendo dados importantes para as equipes de servidores em terra.Formada integralmente por servidores da Receita Federal, a tripulação dos helicópteros passa por capacitação constante para que os voos ocorram em segurança. Um dos orgulhos da instituição é nunca ter sido registrado nenhum incidente grave durante os 10 anos de operação das aeronaves, que passam por constante manutenção na base aérea do órgão em Curitiba/PR.

A proximidade da base aérea com a fronteira com o Paraguai, bem como a utilização de um caminhão–tanque para o abastecimento remoto permitiu que a tripulação realizasse dezenas de missões na região, monitorando silenciosamente embarcações, realizando o desembarque de mercadorias contrabandeadas nas margens do rio Paraná e seguindo seu transporte até depósitos clandestinos, momento em que são realizadas as abordagens pelas equipes em terra.

O helicóptero também realiza sobrevoos nas áreas urbanas do País, mapeando construções não declaradas ao Fisco para levantar indícios de renda não declarada e de sonegação da contribuição previdenciária sobre a mão de obra da construção civil utilizada na obra.

O sucesso das operações com os helicópteros faz com que a Receita Federal estude agora a ampliação de suas atividades aéreas para outros modais, como a utilização de aviões e drones para missões que exijam abordagens diversas, possibilitando o aumento da vigilância e proteção das fronteiras do País.

Fonte: Revista Fato Gerador – 13ª Edição – Outubro 2017