Parto de Emergência
1. RECONHECIMENTO:
– Eliminação através da vagina de secreção (muco) com raias de sangue.
-Contrações uterinas de forte intensidade (enrijecimento da musculatura abdominal acompanhado de dor).
– Rompimento da bolsa de água (bolsa amniótica).
– Observar a cor do líquido da bolsa: normal = líquido claro c/ grumos.
verde = indica sofrimento fetal.
O trabalho de parto é um processo lento que pode durar horas, não se restringindo apenas ao nascimento.
2. CONDUTA:
- Reconhecer se as dores sentidas pela parturiente são contrações ou apenas dores na região lombar ou na região baixa da barriga.
- Controlar a freqüência e a intensidade das contrações. Quanto maior a freqüência e a intensidade das dores, mais próximo estará do parto.
- Questionar a parturiente se já teve filhos e qual o tipo de parto.
- Verificar os sinais vitais.
- Questionar sobre tempo de gestação, anormalidades durante a gestação, sangramentos, movimentos do feto.
- Transportar a gestante para o hospital em decúbito lateral esquerdo.
- Manter um familiar junto a gestante.
- Levar, se possível, o cartão com informações sobre o pré – natal.
- Em caso de hemorragia, transportar a gestante em decúbito lateral e ministrar oxigênio
- Em caso de sinais e sintomas de parto iminente, proceder conforme POP-15-02.
1. RECONHECIMENTO DO PARTO IMINENTE
– Presença de contrações uterinas de forte intensidade e freqüentes (cerca de 5 contrações no período de 10 minutos).
– Visualização da cabeça do bebê no canal do nascimento (coroamento).
– Sensação intensa de evacuação.
2. CONDUTA NO TRABALHO DE PARTO IMINENTE
- Solicitar autorização da parturiente ou de seu familiar antes de decidir assisti-la na própria residência, caso não dê tempo para transportá-la ao hospital.
- Manter um familiar junto da parturiente durante todo o atendimento
- Deitar a parturiente sobre lençóis limpos.
- Verificar os sinais vitais.
- Remover as roupas que possam impedir o nascimento, sem expor a parturiente.
- Colocar a parturiente com as pernas fletidas (posição ginecológica – fig.15-02A).
- Lavar as mãos, calçar as luvas.
- Fazer assepsia da região genital e coxas da parturiente, com água e sabão.
- Retirar as luvas, abrir o Kit para Parto, calçar novas luvas.
- Orientar a parturiente para respirar fundo e fazer força durante as contrações, como se estivesse evacuando, deixando-a descansar no período de relaxamento (intervalo das contrações).
- Durante a expulsão, amparar com uma das mãos a cabeça do bebê, evitando que ela saia com violência e com a polpa dos dedos indicador e médio da outra mão abaixar levemente abaixar a parte posterior da vagina.
- Caso o cordão umbilical esteja envolvendo o pescoço do bebê (circular de cordão), afrouxá-lo, removendo-o no sentido da nuca para o abdome do bebê.
- Limpar a face do bebê com um pano limpo.
- Com as duas mãos em forma de “V”, pegar a cabeça na mandíbula e atrás da base do crânio, tomando o cuidado de não pressionar o pescoço do bebê.
- Forçar a cabeça suavemente para baixo até passar o ombro superior e depois para cima, até passar o outro ombro.
- Segurar firmemente o bebê, evitando que ele caia.
- Limpar as vias aéreas e a cabeça sem retirar o vérnix do corpo do bebê.
- Estimular o bebê passando os dedos suavemente nas costas ou dar tapinhas leves nas solas dos pés.
- Envolver o bebê com panos limpos inclusive a cabeça, mantendo-o aquecido e mantê-lo no mesmo nível que o corpo da mãe.
- Manter observação constante do padrão respiratório do bebê.
- Colocar os clamps no cordão umbilical. O primeiro a 4 dedos (mais ou menos 8 cm) do abdome do bebê e o segundo a 2 dedos (mais ou menos 4 cm ) do primeiro clamp (fig. 15-02 B).
Cortar o cordão entre os dois clamps, com bisturi estéril.
- Aguarda a saída espontânea da placenta durante aproximadamente 15 min. Nunca tentar puxá-la.
- Após a saída da placenta, verificar se saiu inteira e acondicioná-la em saco plástico.
- Remover os lençóis sujos, colocar um absorvente higiênico na vagina da parturiente.
- Massagear o abdome da parturiente, verificando se o útero mantém contraído.
- Verificar novamente os sinais vitais (da mãe e do bebê).
- Manter a mãe em repouso.
- Transportar para o hospital a mãe, o bebê e a placenta. Caso a mãe seja hipertensa, diabética, cardiopata, a apresentação do feto não seja cefálica (pélvica, membros), apresente hemorragia vaginal, prolapso de cordão, líquido amniótico esverdeado; transportar imediatamente ao hospital em decúbito lateral esquerdo, administrando oxigênio durante o transporte.
Advertência
Não permitir que a parturiente com sinais de parto iminente vá ao banheiro. Não impedir, retardar ou acelerar o processo de nascimento. Se houver grande sangramento vaginal pós-parto, transportar a mãe em posição de choque. Se a placenta não sair logo após o nascimento, não aguardar, transportar logo a mãe ao hospital. Na gestante multípara (vários partos anteriores) o processo de expulsão é mais rápido. Não puxar o cordão umbilical para tentar ajudar a saída da placenta.Tomar cuidado de fechar as janelas e portas, evitando que o ambiente esfrie.
Fonte: http://www.bombeirosemergencia.com.br/partodeurgencia.html