Certo dia, um famoso executivo fez uma visita a um conhecido mestre oriental com o objetivo de saber mais sobre a filosofia zen e ver a possibilidade de aplicá-la na administração de suas empresas.

O mestre, seguindo tradicional cultura e a etiqueta japonesas, convidou-o para tomar chá.

Enquanto seguiam à sala, o executivo discorria sobre as metas de sucesso de suas organizações e de seu invejável currículo.

“Eu sou professor disso e daquilo”, “conheço isso e aquilo”, citou teoria do conhecimento, enumerou os cursos que fizera e elencou os vários diplomas que possuía.

O mestre ouvia a tudo, silenciosamente, e, sábio que era, não perdeu a oportunidade de ensinar.

Nas xícaras dispostas, servia o chá. Ao ver que o executivo não cansava de se exibir foi colocando chá… colocando chá… colocando chá… até transbordar a xícara.

“Mestre, você está transbordando a xícara”! – exclamou o executivo.

O mestre, calmamente retrucou: – “Não! Você está transbordando a xícara. Da mesma maneira que esta xícara, sua mente transborda ideias preconcebidas e isso o impedirá de aprender qualquer outra coisa”.

“Enquanto você não esvaziar sua xícara mental, será impossível que aprenda algo novo”.

Fonte: Trecho do Livro o Zen nas Artes Marciais – Editora Fundamento