“a vida evolui rumo à perfeição”
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Se uma coisa não tem valor, não pode ser distinguida de nenhuma outra coisa, sendo assim, não existe.
“a vida evolui rumo à perfeição” – Jean Baptiste Lamarck
… ânsia das pessoas idolatrarem celebridades e ao mesmo tempo comemorar suas desgraças… “Amam por ser o que gostariam de ser, mas odeiam por ser o que eles não são.”
“os padrões de uma cultura não funcionam em conformidade com as leis da física.”
Nas palavras de Clyde Kluckhohn (professor de antropologia de Harvard:
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“a cultura tem que incluir o estudo sistemático e explícito de valores e de sistemas de valores, vistos como fenômenos da Natureza que podem ser observados, descritos e comparados.”
“Quando um eleitor vai às urnas, está fazendo um julgamento de valor.”
“…os valores nada têm de vagos quando se lida com eles em termos de experiência real.”
“A antropologia cultural é uma casa construída sobre areia movediça intelectual … porque a estrutura dos princípios científicos sobre a qual tenta se assentar é inadequada como base de sustentação.” Necessitando “descobrir um terreno sólido onde tal estrutura pudesse ser erguida.”
Se uma coisa não tem valor, não pode ser distinguida de nenhuma outra coisa, sendo assim, não existe. Se algo que não pode ser classificado como sujeito ou objeto não é real.
… “A metafísica é um restaurante onde se oferece um cardápio com trinta mil páginas, mas nenhuma comida.” “no momento em que abrimos a porta para a metafísica podemos dar adeus à compreensão genuína da realidade.”
“a qualidade é uma experiência direta, independente de abstrações intelectuais e anterior a elas.” “A qualidade é indivisível, indefinível e incognoscível.”
“se a Qualidade ou excelência for vista com a realidade última, então se torna possível existir mais de um conjunto de verdades.
Então não se busca a “verdade” absoluta. Ao invés disso, busca-se a explicação intelectual para as coisas que apresentar a mais alta qualidade…”
Que “verdadeiro é o nome do quer que seja que pareça bom no que diz respeito à crença. A verdade é uma espécie de bem” ou satisfação. Sobre isso explica que essa satisfação não necessita ser moral: “O holocausto trouxe satisfação aos nazistas. Para eles aquilo era qualidade. Consideram-no prático.”
Que “todo conhecimento humano vem através dos sentidos ou do que se pensa sobre o que os sentidos fornecem.”
E que “É sempre a outra pessoa que está iludida. Ou nós mesmo no passado. No presente nós mesmos nunca estamos iludidos.”
Diante isso, “a metafísica da qualidade é essencialmente uma contradição em termos, um absurdo lógico.” Compara como sendo uma definição matemática do aleatório.
Nesse sentido, a metafísica da qualidade é passível de experiência, a ponto que: “Qualquer pessoa, de qualquer tendência filosófica que se sente num fogão quente verificará, sem qualquer argumentação intelectual de qualquer natureza, que se encontra numa situação de inegável baixa de qualidade: que o valor de sua condição é negativo. Essa baixa qualidade não é apenas uma abstração metafísica vaga, confusa, cripto-religiosa. É uma experiência.”
Que a arte, a moralidade, a religião e a metafísica não são passíveis de verificação.
Pergunta se a realidade precisa ser algo que somente meia dúzia dos físicos mais ilustres do mundo consegue entender?
Nesse sentido, no tabuleiro de xadrez da dialética científica, o que não se pode definir não se pode discutir. “Tentar criar uma metafísica perfeita é como tentar criar uma estratégia perfeita para o xadrez, que garanta a vitória sempre. Isso não existe.
Não importa que posição tomemos numa questão metafísica, alguém sempre começará a fazer perguntas que levarão a novas posições que levarão a mais perguntas, num interminável jogo de xadrez intelectual.”
Sendo assim: “a divisão básica da realidade não é entre sujeito e objeto, mas entre estático e dinâmico.” Por isso é que num primeiro momento, crianças, principiantes e primitivos costumam ser mais ligeiros que adultos, especialistas e cultos. Que em ato contínuo, esses últimos se sobressaem pelo fato de ser a qualidade estática a qualidade da ordem que preserva o nosso mundo, impondo padrões complexos de valores estáticos derivados das experiências primárias.
“Toda a vida é uma migração de padrões estáticos de qualidade em direção à qualidade dinâmica”. Nesse aspecto abre vistas a tese evolucionista de Jean Baptiste Lamarck em que: “a vida evolui rumo à perfeição”
Que “o mundo chega a nós numa sucessão interminável de peças de quebra-cabeça” e que ”gostaríamos de acreditar que elas se encaixam umas nas outras de alguma forma, mas na verdade elas nunca se encaixam.”
“Os ornitorrincos vinham botando ovos e amamentando seus filhotes há milhões de anos, antes que chegasse um zoólogo e declarasse isso ilegal.” Essa afirmativa o autor fez para demonstrar que a natureza adora nos pregar determinadas peças e produzir algo que classifiquemos como paradoxo.
(…) Que a ciência valoriza os padrões estáticos. Quando surge o não-conformismo, é considerado uma interrupção do normal. A realidade que a ciência explica é aquela realidade que segue mecanismos e programas.
“parece claro que não existe um padrão mecanicista em cuja direção a vida se encaminhe, mas alguém já perguntou se a vida se encaminha para longe dos padrões mecanicistas?” Responde dizendo que a evolução é temerariamente oportunista e que quanto mais estáticos e irredutíveis forem os mecanismos, mais a vida trabalha para escapar deles.
Que toda evolução é umbilicalmente ligada ao sofrimento: “Se eliminarmos o sofrimento desse mundo, eliminamos a vida.”
E explica: “A lei da gravidade é talvez o mais implacável padrão estático de ordem no universo. Por outro lado, não há uma única coisa viva que não lute contra essa lei, dia após dia. Quase se poderia definir a vida como uma desobediência organizada à lei da gravidade. Podemos demonstrar que o grau em que um organismo desobedece a essa lei dá a medida do seu grau de evolução. Assim, enquanto um simples protozoário mal consegue rodear seus cílios, as minhocas controlam seu senso de distância e de direção, os pássaros voam e o homem vai até a lua. Os padrões de vida estão evoluindo constantemente em resposta a algo melhor que essas leis naturais têm a oferecer.”
Ao final sentencia: “Sem a qualidade dinâmica o organismo não pode crescer. Sem a qualidade estática o organismo não pode durar. Ambas são necessárias.”
“As vezes os loucos e os contras e os que estão à beira do suicídio são as pessoas mais valiosas de que a sociedade dispõe.”
..o fenômeno da ânsia das pessoas idolatrarem celebridades e ao mesmo tempo comemorar suas desgraças, o autor assim descreve: “Amam por ser o que gostariam de ser, mas odeiam por ser o que eles não são.”
“Se ficar famoso demais, irá direto para o inferno… pois você vê a vida a sua volta mas não pode participar dela…Você se divide em duas pessoas, aquela que os outros pensam que você é e aquela que você realmente é, e isso é o inferno Zen”
…. As pirâmides foram expedientes das celebridades. Todas as estátuas, os palácios, os mantos e as jóias… as penas nos cocares dos índios…Todos os Ilustríssimo Senhor, os Reverendíssimos, Doutores,… Todas as insígnias e troféus, todas as medalhas, todas as promoções na escada empresarial, todas as indicações para o primeiro escalão, todos os cumprimentos e bajulações nos coquetéis e chás,… Todas as rixas e batalhas por prestigio…Todo sentimento de ultraje diante de ofensas. Toda a cara digna do oriente, são todos símbolos de celebridades, tudo é para reforçar a celebridade. ”
Texto extraído de: Joselito Tanios Hajjar