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Cabos Ópticos

 

Além de melhorar extraordinariamente as telecomunicações, as fibras óticas são usadas também numa variedade de equipamentos, como automóveis, mísseis, blindados, satélites, fiação de computadores, eletrodomésticos e ainda em microeletrônica, engenharia genética, fotografia etc.
As fibras ópticas nada mais são do que cabos que em seu meio de transmissão propagam a informação através de luz.
Elas funcionam da seguinte maneira: O cabo transmite a luz por diversos meios, não só de modo retilíneo, mas também em diagonais e todas as direções possíveis pela qual o interior do cabo possa retransmitir a luz.
O ângulo em que ela é transmitida manter-se-á o mesmo até sua saída, como por exemplo: se a luz entra com um ângulo de 45˚ ela permanecerá nesse ângulo até sair, já que quando for refletida dentro do cabo sal reflexão manter o mesmo grau no qual foi refletido.

Apesar de serem mais caros os cabos de fibra óptica não sofrem interferências com ruídos eletromagnéticos e com radiofreqüências e permitem total isolamento entre transmissor e receptor.

A fibra possui no mínimo duas camadas: o núcleo e o revestimento. No núcleo, ocorre a transmissão da luz propriamente dita. A transmissão da luz dentro da fibra é possível graças a uma diferença de índice de refração entre o revestimento e o núcleo, sendo que o núcleo possui sempre um índice de refração mais elevado, característica que aliada ao ângulo de incidência do feixe de luz, possibilita o fenômeno da reflexão total.

A transmissão da luz pela fibra segue um princípio único, independentemente do material usado ou da aplicação: é lançado um feixe de luz numa extremidade da fibra e, pelas características ópticas do meio (fibra), esse feixe percorre a fibra por meio de reflexões sucessivas.
Uma característica importante que torna a fibra óptica indispensável em muitas aplicações é o fato de não ser suscetível à interferência eletromagnética, pela razão de que não transmite pulsos elétricos, como ocorre com outros meios de transmissão que empregam os fios metálicos, como o cobre.

Cabos fibra óptica atravessam oceanos. Usar cabos para conectar dois continentes separados pelo oceano é um projeto monumental. É preciso instalar um cabo com milhares de quilômetros de extensão sob o mar, atravessando fossas e montanhas submarinas. Nos anos 80, tornou-se disponível, o primeiro cabo fibra óptica intercontinental desse tipo instalada em 1988, e tinha capacidade para 40.000 conversas telefônicas simultâneas, usando tecnologia digital. Desde então, a
capacidade dos cabos aumentou. Alguns cabos que atravessam o oceano Atlântico têm capacidade para 200 milhões de circuitos telefônicos.

O Brasil foi um dos primeiros países do mundo a dominar a tecnologia de fibras ópticas, ainda no final dos anos 70. Essa vitória se deu, em grande parte, ao trabalho do professor José Ellis Ripper Filho, na Unicamp. Acreditando nas perspectivas da fotônica, ou seja, das comunicações via fibras ópticas, Ripper fundou em 1989 a AsGa, empresa constituída para produzir lasers semicondutores de arseneto de gálio e outros produtos de microeletrônica.

Fonte: Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia
Marco Antonio Gomes Teixeira da Silva – Técnico de Telecomunicações