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Capacidade de tomar decisões não é exclusiva do ser-humano

Experimento com milhafres-pretos mostra que os mais velhos percorrem a rota migratória em menos tempo e preveem os perigos do voo. Os pássaros jovens param e desviam da rota com frequência.

As decisões mais prudentes costumam ser fruto da experiência. A capacidade de deliberar com sabedoria, entretanto, não é uma exclusividade da espécie humana. A conclusão é de um estudo publicado nesta semana, na revista britânica Nature.

Os pesquisadores da Estação Biológica de Doñana, em Sevilla, na Espanha, observaram que a idade também ensina as aves milhafres-pretos a planejarem os voos com antecedência. O passar do tempo também faz com que esses animais viajantes prevejam os perigos da rota, permitindo que usem os obstáculos a seu favor.

(…) A habilidade também faz com que as aves experientes tenham mais sucesso reprodutivo. Na realidade, não há muita competição entre elas, sugere o estudo, já que os indivíduos com a capacidade de migração comprometida correm mais risco de morrer no caminho. “Eles simplesmente desaparecem da população”, diz o pesquisador. Além da seleção natural, outro fator interfere nesse mecanismo. “Também é resultado da melhoria nas habilidades de cada um dos animais que conseguiram sobreviver, como resultado da experiência acumulada”, garante Fabrizio.

Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br