Exercícios e Operações Militares
O planejamento e o emprego das Forças Armadas materializam-se na realização de operações e exercícios de treinamento conjuntos, quando militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea atuam de forma integrada.
As atividades propiciam o aprimoramento das capacidades de interoperabilidade das organizações militares, dando-lhes flexibilidade tática e estratégica e habilitando as tropas para uma pronta-resposta simultânea em situações de crise.
Se nos exercícios o objetivo é avaliar e aprimorar a capacidade de resposta militar, é nas operações que se põe em prática a experiência adquirida, a exemplo das ações destinadas a garantir a segurança de grandes eventos e a proteção das fronteiras brasileiras.
Os exercícios e operações que envolvem a participação integrada de militares das três Forças singulares são coordenados pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), órgão da Defesa responsável pelo planejamento estratégico e o emprego conjunto de efetivos das forças naval, terrestre e aérea brasileiras.
(…) É por meio da realização de exercícios militares que aS Forças Armadas brasileiras avaliam e aprimoram sua capacidade de resposta a situações adversas…. as tropas colocam em prática suas experiências, a partir de atividades que simulam operações de combate em diferentes tipos de terreno e condições de confronto.
Alguns exercícios, de abrangência internacional, contam com a participação de efetivos militares de países convidados.
Proteção das Fronteiras – Na defesa dos interesses nacionais, as Forças Armadas têm atuado de modo integrado com outros setores do Estado. Essa coordenação de esforços é visível em ações como as destinadas a garantir a segurança das fronteiras brasileiras.
(…) Com o plano, ações executadas por diversos entes estatais na prevenção e combate a crimes transfronteiriços – como a entrada de armas e drogas no país – passaram a ser integradas, ampliando seu impacto.
… A Operação Sentinela, coordenada pelo Ministério da Justiça, tem ações centradas no trabalho de investigação e inteligência e na atuação conjunta de órgãos federais de segurança (Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança).
(…) Durante a operação, são realizadas missões táticas destinadas a coibir delitos como narcotráfico, contrabando e descaminho, tráfico de armas e munições, crimes ambientais, imigração e garimpo ilegais.
As ações abrangem desde a vigilância do espaço aéreo até operações de patrulha e inspeção nos principais rios e estradas que dão acesso ao país.
Para fortalecer a capacidade de ação dos militares brasileiros ao longo dos 16.886 quilômetros de fronteira terrestre do país, o Ministério da Defesa investiu também na criação do Sisfron – Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras.
O projeto, iniciado em 2012 pelo Exército Brasileiro, prevê a implementação de um conjunto integrado de recursos tecnológicos – como sistemas de vigilância e monitoramento, tecnologia da informação, guerra eletrônica e inteligência – num prazo de dez anos.
Além de ampliar a capacidade de monitoramento, mobilidade e presença na faixa de fronteira, o Sisfron contribuirá para a maior integração regional, entre órgãos de governo e também com países vizinhos.
Operação Atlântico – é desenvolvida pelas Forças Armadas com o objetivo de promover a defesa da soberania marítima e das garantias da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.
(…) As ações também visam à proteção de estruturas estratégicas como portos, refinarias e usinas hidrelétricas e nucleares.
O exercício é crucial para o preparo integrado das Forças Armadas em missões de defesa das incalculáveis riquezas da chamada “Amazônia Azul”, área marítima brasileira que guarda recursos estratégicos como o petróleo do Pré-Sal.
Operação Amazônia – é uma ação militar de treinamento integrado conduzida na região Norte do país. O exercício visa ao aprimoramento da doutrina logística e dos métodos operacionais em território amazônico.
Entre as atividades realizadas estão ações de controle de tráfego fluvial e proteção de infraestruturas críticas; operações terrestres ofensivas e defensivas; lançamento de paraquedistas; defesa antiaérea; além de coordenação do espaço aéreo, tarefas de interdição e de combate.
Operação Felino – foi concebida para oferecer treinamento conjunto às Forças Armadas dos oito países da Comunidade dos Países da Lingua Portuguesa (CPLP): Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
Instituída como Força Tarefa Conjunta e Combinada (FTCC), a operação objetiva o adestramento integrado dos militares para atuação em missões de paz e de assistência humanitária.
(…) A operação tem no seu planejamento um ciclo de adestramento de dois anos, alternadamente, em formatos de Exercício de Carta (EC) e de Forças no Terreno (FT).
No primeiro formato, a ação ocorre por meio de rede de computadores, ao estilo “jogo de guerra”. Já no formato FT, as atividades se desenrolam em campo, com tropas no terreno da nação hospedeira, que deverão cumprir o planejamento que foi elaborado pelo Estado-Maior Conjunto Combinado.
Operação Laçador – Realizada no Sul do país, a Operação Laçador simula missões de garantia da integridade territorial, manutenção de patrimônio e proteção de infraestruturas estratégicas em uma área que abrange os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
(…) Por se tratar de uma operação complexa, a Operação Laçador 2013 envolveu o emprego de todos os sistemas operacionais, integrados por eficiente sistema de Comando e Controle. Foi montado um Centro de Coordenação e Controle na sede do Quartel-General do Comando Militar do Sul (CMS), onde cerca de 100 representantes das Forças Singulares atuaram na coordenação de todas as atividades realizadas pelas tropas do CMS, do 5º Comando Aéreo Regional e do 5º Distrito Naval.
Há intenção de, futuramente, ampliar o exercício para incluir efetivos das Forças Armadas de países vizinhos.
Fonte: http://www.defesa.gov.br/exercicios-e-operacoes