Fantasmas que sabotam a qualidade de vida
Quem não se automapeia não se localiza, não sabe se está destruindo ou contribuindo para sua empresa, enriquecendo ou empobrecendo seus colaboradores, bloqueando ou promovendo seus filhos ou alunos, brilhando ou asfixiando a pessoa que escolheu para dividir sua história.
Só depois de se bombardear de perguntas e procurar respondê-las com honestidade é que se desenha o mapa dos fantasmas mentais.
Quais são os fantasmas mentais que sabotam nossa qualidade de vida, nossa atividade profissional e nossas relações sociais? São inúmeros:
- timidez e insegurança;
- autopunição;
- sentimento de culpa;
- sentimento de vingança;
- complexo de inferioridade;
- ciúme;
- fragmentação da autoestima;
- fobias – fobia social, agorafobia, claustrofobia, tecnofobia, fobia de animais;
- baixo limiar para frustrações;
- irritabilidade, impaciência e flutuação emocional exagerada;
- dificuldade de pedir desculpas e se curvar em agradecimento;
- angústia;
- impulsividade;
- ansiedade;
- depressão;
- mau humor;
- pessimismo;
- doenças psicossomáticas;
- vigorexias;
- transtornos alimentares – anorexia, bulimia;
- dependência química;
- transtorno obsessivo compulsivo – TOC
- conformismo;
- coitadismo;
- necessidades neuróticas – necessidade de poder, de estar sempre certo, de ser o centro das atenções, de falar compulsivamente, de ser preocupar com a imagem social;
- egocentrismo;
- individualismo;
- autoabandono;
- solidão social;
- inveja sabotadora;
- sofrimento por antecipação;
- ruminação de perdas e frustrações;
- cobrança excessiva;
- autocobrança;
- compulsão por reclamar;
- déficit de proteção emocional;
- dificuldade de se reinventar;
- déficit de proteção emocional;
- hipocondria ou medo de doenças etc.
Quem tem medo de olhar para si e encontrar seus fantasmas mentais será aterrorizado por eles a vida toda. É vital que façamos um diagnóstico mínimo e empírico de nossas limitações, imperfeições, dificuldades, desempenho.
(…) Ninguém é digno de poder se não exalta a grandeza das pessoas que o rodeiam. O automapeamento profundo desenvolve em nós consciência crítica, leva-nos a ser, acima de tudo, seres humanos em construção, e não deuses. Deuses são um problema para a humanidade.
Quem não se mapeia não recicla loucuras, erros, inveja, raiva, ódio, fobias, culpa, insegurança, autossabotagem; vive na superfície da mente e nunca entrará em camadas mais profundas de seu próprio ser – será um estrangeiro em sua própria terra.
Fonte: Augusto Cury – Gestão da Emoção