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Guerra Química e Biológica

Há um fato bem interessante quando o assunto é guerra no mundo moderno. As pessoas morrem em virtude de balas, baionetas, granadas e minas terrestres, canhões, bombas e mísseis. Prédios, fábricas e até cidades inteiras são destruídos.

Mas apesar de toda a problemática, a guerra entre nações modernas tem suas “regras”. Regras essas que, por exemplo, costumam desencorajar a destruição em massa de civis e ditam o tratamento que deve ser dado a prisioneiros de guerra. É verdade que elas nem sempre são seguidas à risca, mas ainda assim existem.

As armas químicas foram usadas pela primeira vez na Primeira Guerra Mundial e todos os países logo chegaram à conclusão que lançar uma nuvem de produtos químicos letais (e cujos efeitos não podiam ser previstos e nem controlados) era ir longe demais. Importantes tratados proibindo armas biológicas e químicas, começando pelo Protocolo de 1925 pela proibição do uso de gases asfixiantes, venenosos ou outros, e de métodos bacteriológicos de guerra, foram assinados pela maioria das nações do mundo.


Mas o problema é que os terroristas não levam muito em consideração esses tratados internacionais. E é daí que vem a ameaça das armas químicas e biológicas.

PRINCÍPIOS BÁSICOS SOBRE ARMAS QUÍMICAS E BIOLÓGICAS

Assim como uma bomba nuclear, uma arma química ou biológica é uma arma de destruição em massaque pode facilmente matar milhares de pessoas em um único ataque eficiente.

ARMAS QUÍMICAS
Uma arma química é qualquer arma que utiliza um composto químico produzido para matar pessoas. A primeira arma química usada em batalha foi o gás cloro, que queima e destrói os tecidos dos pulmões. Produtos com cloro são fáceis de serem encontrados. A maioria dos sistemas de tratamento de água municipais usa cloro atualmente para matar bactérias e é muito fácil produzi-lo a partir do sal de cozinha. Na Primeira Guerra Mundial, o exército alemão liberou toneladas desse gás para minar o inimigo.

As armas químicas modernas costumam se concentrar em agentes com poder letal muito maior, o que significa que é necessária uma quantidade muito menor de composto químico para matar o mesmo número de pessoas. Muitas delas utilizam compostos encontrados nos inseticidas. Basicamente, quando você borrifa um produto químico no jardim ou na grama para controlar os insetos, está “travando uma guerra química” contra eles.

Muitos costumam imaginar uma arma química como uma bomba ou um míssil que libera compostos altamente tóxicos sobre uma cidade (por exemplo, no filme “A Rocha”, terroristas tentavam lançar um míssil carregado com o composto VX, uma toxina que ataca o sistema nervoso). Mas em 1995, o grupo Aum Shinrikyo liberou gás sarin (que atua no sistema nervoso) no metrô de Tóquio. Milhares ficaram feridos e 12 pessoas morreram sem que houvesse qualquer bomba ou míssil gigante envolvido. Tudo de que os terroristas precisaram foi de pequenas bombas que explodissem e liberassem o gás no metrô.

ARMAS BIOLÓGICAS
Uma arma biológica utiliza bactérias, vírus ou em alguns casos toxinas provenientes de bactérias. Se estrume ou dejetos humanos fossem jogados em um poço de uma pequena cidade, isso seria, de maneira bem simplificada, uma forma de guerra biológica, já que dejetos humanos e animais contêm bactérias que podem causar diversos problemas, inclusive a morte. No século XIX, os índios americanos foram infectados com varíola por meio de cobertores doados.

Uma arma biológica moderna usaria um tipo de bactéria ou um vírus com poder de afetar ou matar milhares de pessoas. Tom Clancy, por exemplo, explorou a idéia do terrorismo biológico em dois de seus livros: “Ordens do Executivo” e “Rainbow 6”. Em ambos, a fonte da infecção é o vírus Ebola.

Agentes químicos temidos

Um ataque químico eficaz usaria compostos químicos extremamente tóxicos para pessoas em pequenas quantidades. Veja abaixo quais são os mais temidos.

Sarin – este composto age sobre o sistema nervoso, o que significa que, uma vez dentro do corpo, afeta o mecanismo de sinalização que as células nervosas usam para se comunicar umas com as outras.

  • Ele é um inibidor da colinesterase, fazendo com que essa enzima se una em grupos e as células do sistema nervoso não possam usá-la para se livrar da acetilcolina. Quando um célula nervosa precisa enviar uma mensagem para outra célula (por exemplo, para fazer um músculose contrair), ela envia essa mensagem com a acetilcolina. Sem a colinesterase para remover a acetilcolina, os músculos começariam a se contrair de maneira incontrolável, o que poderia causar morte por asfixia, uma vez que o diafragma é um músculo.É bem provável que o Sarin seja o agente químico mais temido que existe, principalmente porque já foi usado por terroristas: em 1995, o grupo Aum Shinrikyoliberou gás sarin no metrô de Tóquio, ferindo milhares e matando 12 pessoas. E o pior é que ele não é difícil de ser fabricado e cerca de 1 mg presente nos pulmões é o suficiente para matar. VX – o VX é muito parecido e funciona como o Sarin, só que mais tóxico. Se 1 mg toca a pele, isso já é o suficiente para matar uma pessoa. Consulte esta página (em inglês) para obter mais informações.
  •  Gás mostarda –esse gás já existe desde a Primeira Guerra Mundial. Ele forma bolhas na pele e destrói o tecido dos pulmões. Cerca de 10 mg nos pulmões seriam o bastante para matar uma pessoa.
  •  Lewisita – assim como o gás mostarda, causa bolhas e existe desde a Primeira Guerra Mundial.
  • Um dos problemas desses agentes químicos é que não há uma maneira fácil de se proteger deles. No campo de batalha, os soldados podem usar máscaras de gás e cobertura total sobre a pele se houver risco de ataque químico ou biológico. Mas se uma cidade passasse por um ataque com VX em grande escala, as pessoas dificilmente estariam usando roupas protetoras à prova de água e ar no momento do ataque.
  • Fonte: http://ciencia.hsw.uol.com.br/guerra-quimica-e-biologica1.htm
  • http://ciencia.hsw.uol.com.br/guerra-quimica-e-biologica3.htm
  • http://ciencia.hsw.uol.com.br/guerra-quimica-e-biologica2.htm