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Mutações? Experimento com humano?

Mutações -Amostras colhidas no Japão e Laboratório privado mostraram mutações significativas.

… segundo Felipe Naveca, a Fiocruz Amazônia está em fase final de sequenciamento de amostras colhidas de pacientes no Amazonas no mês de dezembro.

A classificação e nomeação de uma nova linhagem não é feita no Brasil. “A decisão se as mutações vão ser classificadas em uma nova linhagem, após mais estudos, passa por uma curadoria internacional”, explica.

Naveca conta que a linhagem B.1.1.28 é a mais presente no estado (está em 47% das amostras colhidas entre abril e novembro) e uma das que mais circulam no Brasil.

Entretanto, as amostras colhidas no Japão e pelo laboratório privado mostraram mutações significativas. “Esses vírus são o B.1.1.28 com mutações na proteína Spike, e duas delas são importantíssimas. 

Mutações similares já foram associadas com a maior transmissão do SARS-CoV-2. É um vírus que passou por um processo evolutivo, que nos faz pensar em, talvez, uma nova variante brasileira”, explica. O pesquisador ainda diz que as mudanças criaram uma variante diferente, mas que têm semelhanças com aquelas achadas na Inglaterra e África do Sul…

As análises mostraram que essa mutação separadamente já trazia vantagem para o vírus [se transmitir mais].

Essas mutações preocupam bastante, e precisamos de mais tempo e análises para saber realmente se ele está associado a esse maior poder de transmissão.”

Em um texto publicado ontem por pesquisadores da área de sequenciamento em um fórum internacional de debates científicos de virologistas, eles concluíram que as amostras colhidas “sugerem que essas sequências poderiam ser representantes de uma nova (não relatada) variante emergente”, diz.

“O surgimento de novas variantes do SARS-CoV-2 abrigando mutações na proteína Spike, que podem impactar a aptidão viral e a transmissibilidade tem sido um problema de grande preocupação, particularmente após a recente identificação de duas cepas emergentes independentes no Reino Unido e na África do Sul com número anormal de mutações na proteína Spike que podem ter significado funcional”…

Ainda segundo Felipe Naveca, a Fiocruz Amazônia está em fase final de sequenciamento de amostras colhidas de pacientes no Amazonas no mês de dezembro.

A classificação e nomeação de uma nova linhagem não é feita no Brasil. “A decisão se as mutações vão ser classificadas em uma nova linhagem, após mais estudos, passa por uma curadoria internacional”, explica.

É importante explicar às pessoas que mutações ocorrem de forma natural nos vírus, e algumas poucas dão mais vantagens a ele. É uma evolução natural do vírus. A gente sempre alertava que, quanto mais um vírus infecta as pessoas, mais vai evoluir. Mas isso não quer dizer que cause doença mais grave, talvez que ele seja melhor.

Fonte:  https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2021/01/12/cientistas-encontram-variante-inedita-do-novo-coronavirus-com-origem-no-am.htm