Produção e Proteção
Produção
Você sabia que desde que o homem existe, ele produz, mas também esconde conhecimentos. Esconde conhecimentos?. Sim, o homem escreve, fala, faz sinais para se comunicar, porém muitas vezes necessita guardar segredo a respeito de diversos assuntos, como, por exemplo, questões políticas, contatos diplomáticos, comunicações militares, produções científicas, atividades comerciais, industriais, financeiras, além de seus segredos pessoais (como esconder de sua mãe que você quebrou o vaso preferido dela ou o que você fez ontem e não quer que seus pais saibam).
As mensagens consideradas secretas existem desde a Antiguidade e sempre exerceram grande fascínio. Bastou o homem aprender a escrever para que começasse a “esconder” seus escritos.
Além disso, onde tem segredo tem quem quer descobrir o segredo. Se desde os primórdios da história existem métodos de esconder informações, dos mais simples aos mais engenhosos, desde a Antiguidade também existem os hackers e crackers que bolaram métodos de decifrar e decodificar (ações de espionagem não ocorrem somente nos filmes de James Bond).
É por isso que dizemos que a Inteligência se subdivide em duas partes: Inteligência e Contrainteligência.
INTELIGÊNCIA: atua por meio da produção de relatórios, contendo conhecimentos sobre fatos e situações que influem ou que podem influir nas decisões e nas ações do governo e sobre a proteção e a segurança da sociedade e do Estado.
CONTRAINTELIGÊNCIA: atua por meio da adoção de medidas que protejam os assuntos sigilosos importantes para o Estado e a sociedade e que impeçam as ações de Inteligência por agentes estrangeiros.
Proteção
Para proteger o que escrevia dos olhares curiosos demais, o homem começou a inventar códigos.
Um código é essencialmente uma linguagem secreta inventada para esconder o sentido de uma mensagem. Você já deve ter ouvido, em algum filme, uma frase do gênero:
ÁGUIA 3, AQUI É ÁGUIA 2. O LEÃO ESTÁ NA JAULA.
Nesta frase, por exemplo, o agente “ÁGUIA 2” usa palavras-código para avisar o agente “ÁGUIA 3” que o espionado (LEÃO) entrou em casa (JAULA). Assim, a ideia é que a pessoa que ler a mensagem não tenha como decifrá-la.
Isso é, nada mais nada menos, que um exemplo de criptografia (leia devagar, não precisa se apressar). A criptografia é a ciência de escrever mensagens que ninguém, exceto o remetente e o destinatário, pode ler. Criptoanálise é a ciência de decifrar e ler estas mensagens cifradas.
“Cripto” vem do grego “kryptos” e significa oculto, envolto, escondido. Também do grego, “graphos” significa escrever, “logos” significa estudo, ciência e “analysis” significa decomposição. Portanto, CRIPTOLOGIA é o estudo da escrita cifrada e se ocupa com a criptografia e a criptoanálise.
Você conhece a “língua do pê”? PêLem pêBra pêCo pêMo pêE pêRa pêLe pêGal (provavelmente só os seus pais e avós lembram. Pergunte a eles)? É uma espécie de criptoFONIA, ou seja, som encriptado. A chave ou cifrante da língua do pê é falar “pê” antes de qualquer sílaba. Assim: pêEU pêGOS pêTO pêDE pêCO pêMER pêVER pêDU pêRAS.
A criptologia se preocupa basicamente com a segurança de informações. Com o advento dos computadores, a possibilidade de se produzir documentos idênticos torna muito difícil (ou até mesmo impossível) distinguir as cópias dos originais. A identificação, validação e autorização de um documento eletrônico exigem técnicas especiais. A criptografia é uma delas.
Fonte: http://www.abin.gov.br/modules/mastop_publish/?tac=Produ%E7%E3o_e_Prote%E7%E3o